sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

Poema

Não sei se tiveram oportunidade ou curiosidade de ver como era realmente o poema de Camões que estivemos a completar algumas aulas atrás. Por isso vou deixar aqui o poema:

Está o lascivo e doce passarinho
Com o biquinho as penas ordenando,
O verso, sem medida, alegre e brando,
Despedindo no rústico raminho;

O cruel caçador (que do caminho
Se vem calado e manso desviando),
Na pronta vista a seta endireitando,
Lhe dá no Estígio Lago eterno ninho.

Destarte o coração, que livre andava,
(Posto que já de longe destinado)
Onde menos temia, foi ferido.

Porque o Frecheiro cego me esperava,
Para que me tomasse descuidado
Em vossos claros olhos escondido.

Luís Vaz de Camões

2 comentários:

Anónimo disse...

Ena! Foste mesmo a 1ª a comentar o meu blog e deves-te sentir honrada por isso :P

Leonor pl'a verdura*

Anónimo disse...

.

Mais uma excelente ideia, Raquel.

e.

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